CVNE

Caracterizada pelos seus muros de pedra, estrutura de cimbres de carvalho e chão de betão, as instalações actuais são o resultado de uma sucessão de ampliações realizadas nos edifícios originais do Barrio de la Estación.

Independentemente do aumento progressivo da produção e do seu sucesso contínuo, coexistem nos seus recantos paredes caiadas, telhados de duas águas e arcadas de azulejos. Ao longe, um gongo de ferro e um martelo anunciam o fim do dia.

No interior da adega, destaca-se o pavilhão Eiffel, 800 metros quadrados de espaço aberto que permite um aproveitamento ótimo do espaço. Utilizado principalmente para o envelhecimento em barricas, mantém condições óptimas de frescura de uma forma natural.

Para os mais curiosos, uma visita ao cemitério histórico da adega pode ser uma experiência extrassensorial. Denominado "As Catacumbas", trata-se de um espaço sombrio e inóspito que dá lugar a uma série de túneis escuros e cheios de bolor onde repousam milhares de garrafas de idades insuspeitas. Tão misterioso é este cemitério que as garrafas mais antigas estão protegidas por um portão de ferro completamente coberto de bolor. A chave que o abria foi atirada ao rio, num ato simbólico, há mais de 30 anos e nunca mais foi aberta.

Em 2008, foi encomendado um projeto de renovação da parte mais antiga da adega, dando lugar a um novo espaço dinâmico e funcional para as actividades relacionadas com o vinho. Pedra, madeira e ferro, numa união respeitosa, enquadram o centro nevrálgico da adega, revalorizando um espaço centenário que, em 2010, ganhou o prémio Best of Wine Tourism, um concurso internacional de Great Wines Capitals que premeia a excelência.