Château Cos d'Estournel

Entusiasmado com o resultado, decidiu, em 1811, comprar a colina inteira. Devido às suas constantes viagens ao estrangeiro, depressa se tornou conhecido como o “Maharadjah de Saint-Estèphe”. Para celebrar o seu sucesso oriental e, segundo a lenda, apaixonado por uma princesa indiana, decidiu construir um edifício em sua honra.

Assim, em 1830, nasce o mítico Pagode de Cos, com a sua famosa porta de madeira esculpida, trazida do Palácio do Sultão de Zanzibar, um dos edifícios mais singulares do Médoc. Em 1852, com 91 anos e arruinado, vende Cos ao banqueiro inglês Charles-Cecil Martyns, sem poder ver o sucesso dos seus esforços recompensado pela classificação de 1855. Passou então para as mãos dos aristocratas bascos Errazu e depois para a família Hostein de Bordéus, também proprietária de Montrose.

Em 1917, passou para as mãos de Fernand Ginestet, cujo neto, Bruno Prats, foi o seu diretor e alma até 1998, ano em que vendeu a propriedade. O seu filho, Jean Guillaume Prats, foi diretor da adega até 2012, altura em que partiu para a LVMH. Entre os seus clientes mais ilustres, destaca-se a anedota de Friedrich Engels, que enviou 6 garrafas de Cos a Karl Marx com uma nota que dizia: “Farão bem à tua mulher”.

O atual proprietário da adega é o milionário investidor francês Michel Reybier, com sede na Suíça e com propriedades vinícolas como o Château Marbuzet, uma adega em Tokay, outra em Napa Valley e vários hotéis de luxo.

O vinhedo, separado de Lafite por um riacho, tem 65 hectares, plantados com 60% de Cabernet sauvignon e 40% de Merlot. O subsolo é calcário e o solo está cheio de seixos de vários tamanhos. A fermentação é efectuada em cubas de cimento, o estágio em cuba dura cerca de 21 dias e o envelhecimento em barricas novas de carvalho durante 12 a 16 meses.