Viñas de El Regajal

Desde meados do século XIX, El Regajal é conhecido pela sua riqueza em borboletas, e organizações de renome, como a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos seus Recursos, têm demonstrado interesse pela região.

A família Garcia-Pita, atual proprietária da propriedade, com o advogado Daniel Garcia-Pita à frente, quis combinar as atividades de investigação entomológica desenvolvidas em El Regajal com um projeto vitivinícola de alta qualidade. Por isso, em 1998, começaram a plantar uma vinha que hoje tem 14 hectares e um prédio de elaboração onde fazem os processos de vinificação e estágio.

No começo, o projeto teve a ajuda do enólogo Ignacio de Miguel, e, a partir de 2002, juntou-se à El Regajal o enólogo francês Jerome Bougnaud, natural de Cognac, que chegou a Espanha pela mão de Peter Sisseck (Pingus).

As variedades atualmente plantadas em El Regajal são: Tempranillo, Cabernet sauvignon, Merlot, Petit verdot e Syrah, todas cultivadas sob os princípios da agricultura biodinâmica. A propriedade está estruturada numa depressão principal, rodeada por colinas e montes, com depressões laterais, atravessada por um riacho de escoamento alimentado por infiltrações do Mar de Ontigola. A vegetação é dominada por coscojas, como exemplo do encinar manchego em degradação, alternando com esparto, retama, tomilho, olival e vinha.

Tem um clima continental típico da meseta, com invernos frios e verões secos e quentes, temperados pelos rios Tejo e Jarama, que conferem um microclima especial à zona.

Os solos, por sua vez, dividem-se em três estratos: calcário na superfície, arenoso e yesífero mais internamente e argiloso no fundo.

A propriedade conta com uma pequena mas moderna adega. Cada variedade é vinificada separadamente em pequenos depósitos de inox até ao lote final. O vinho envelhece em carvalho francês até ao engarrafamento, sem filtragem nem pasagem a frio.