Doniene Gorrondona

Estamos a falar de um cenário onde se encontram as montanhas Sollube e Jata, ambas com menos de 500 metros de altura e que entre elas formam uma depressão chamada «cubeta de Bakio». A linha costeira, exceto a parte central com um relevo baixo onde fica a praia, e composta por vários penhascos, é a paisagem que se vê da adega.

Não é à toa que o município de Bakio é considerado a alma do txakoli de Bizkaia. A sua localização geográfica, à beira do Cantábrico, mas protegida no centro de um vale, faz com que as uvas dos vinhedos situados nas encostas viradas a sul, a branca Hondarrabi Zuri e a tinto Hondarrabi Beltza, tenham uma personalidade própria.

Além disso, o clima e a orografia da região também influenciam, exigindo um esforço extra para cuidar das vinhas. É um trabalho árduo, mas gratificante quando vemos os resultados.

A quinta Gorrondona tem uma tradição secular na produção de txakoli e foi gerida por uma família até à década de 70. A adega precisava de uma nova geração e tudo se conjur

Filosofia

A profissionalização e a investigação continuam para oferecer os melhores txakolis que realçam o caráter de uma variedade quase extinta e única.

Atualmente, estudam em profundidade os solos, procurando um maior equilíbrio com uma produção pequena e de maior qualidade. Deram até um passo além, começando um projeto que quer criar um banco de aromas próprios a partir da ecologia dos seus vinhedos, apostando também em leveduras autóctones, que dão mais originalidade e complexidade aos seus vinhos, e trabalhando com microvinificações, sempre à procura da personalidade dos seus vinhos.